sábado, 30 de maio de 2015

"Moçambique - Para a mãe se lembrar como foi" de Manuela Gonzaga


Que África era aquela, quando Portugal era «só um – do Minho a Timor»? Manuela Gonzaga começa por nos levar de Lisboa a Nacala numa maravilhosa travessia oceânica a bordo do paquete Império. Dali, com a família, partiu para a mais remota província da então Província Ultramarina de Moçambique, Vila Cabral, actual Lichinga, onde viveram durante algum tempo. Através da descrição dos quotidianos do Niassa, depois do esbraseante calor de Tete, a seguir na Beira, e mais tarde em Lourenço Marques, Maputo, a autora revive, por dentro, toda uma época, num exercício que começou por ser um lenitivo para mitigar a solidão da mãe cujas memórias se têm vindo a dissolver inexoravelmente. Foi a própria mãe, a quem estas narrativas acordam reminiscências luminosas e felizes de tempos pretéritos no seu Moçambique adorado, que lhe pediu que as transformasse no livro que agora chega a público.

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